(Mais um) Taxista Frouxo

No domingo fui para casa de Taxi. Era o último dia de latada e eu vinha trajado. Apesar disso não tinha ido à festa propriamente dita, tinha ficado apenas por casa de amigos no dia anterior, tendo depois ido dormir a casa da minha namorada.

Acontece que quando o FROUXO do taxista soube que eu não fui à latada quase que entrou em choque (nem sei bem porquê, devia ser daqueles que acha que lá por um gajo ter 20 e poucos anos tem de querer copos, festa e cona à força toda para aproveitar enquanto é tempo), mas quando soube que tinha ficado com a namorada foi quase como se tivesse tido uma epifania de 300 monges budistas a atingir o nirvana. Nas palavras do próprio:

" Ai caralho! Assim sim, tá tudo explicado! Entre um gajo ir ao recinto e ir ter com uma gaja, é logo ir ter com a gaja como é óbvio! Não me fodam!"

Porque, sabem como é, um gajo não pode ter outras prioridades para além de cona...

Senhor FROUXO

O facebook é uma arma, tal como o instagram, é um cartão de visita, logo tem de ser trabalhado. Por isso nas fotos de perfil tento por apenas fotos em que esteja a divertir me, em que tenha ficado bem, em que esteja com raparigas ou a fazer coisas fora do comum.

Arroja cada vez mais FROUXO

Então o sistema democrático óptimo, aquele em que as escolhas são as mais bem informadas e feitas pelas pessoas mais competentes para escolher, é um sistema em que só votam as mulheres (e de preferência somente as mães-de-família ou, no caso, de não haver filhos, as mulheres com idade superior a um certo limite, v.g., 30 anos)?

É exactamente esse.

Existe apenas uma dificuldade. Os homens vão-se sentir humilhados - e as mulheres sabem disso.

Para contornar esta dificuldade vota apenas o chefe de família, que, em geral é o homem.

É ele que faz a figura pública de ir votar. Mas, se fôr perfeitamente racional, antes de sair de casa, pergunta à mulher em quem é que vai votar. E que leve a lição bem estudada.